O anúncio foi feito hoje pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, que, no âmbito de um protocolo assinado com aquela universidade suíça, instituiu esta cátedra que homenageia “uma das grandes personalidades da literatura contemporânea em língua portuguesa”.

Em comunicado, o instituto Camões assinala que Lídia Jorge é uma escritora com expressão em diferentes géneros literários (de modo particular, no romance), com um amplo reconhecimento internacional e diversos prémios e distinções atribuídos, o último dos quais pela Feira Internacional do Livro de Guadalajara 2020.

A cátedra Lídia Jorge vem dar sequência à parceria que o Camões e a Faculdade de Letras da Universidade de Genebra “desenvolviam desde 2008, e ao trabalho de promoção e divulgação da língua portuguesa e das culturas de expressão portuguesa” que o Centre d’Études Lusophones (CEL) daquela universidade efetua desde 2009.

“Primeiramente centrado nos estudos filológicos, com especial incidência nos estudos camonianos, este centro reorientou posteriormente as suas atividades numa perspetiva interdisciplinar e pós-colonial, alargando o âmbito dos trabalhos às questões de identidade, memória e género, a que a Cátedra Lídia Jorge igualmente se dedicará”, acrescenta o instituo.

A Cátedra Lídia Jorge é a 54.ª da rede que o Camões vem criando em parceria com instituições de ensino superior em 22 países, no âmbito da qual cerca de 500 docentes e investigadores desenvolvem ensino e investigação em torno de temáticas da língua, da cultura, da história e da sociedade, frequentemente numa perspetiva abrangendo não apenas Portugal, mas os países e regiões de língua portuguesa.

Esta será ainda a segunda cátedra daquele organismo na Suíça, onde desde 2012 existe a cátedra Carlos de Oliveira, no Romanisches Seminar da Universidade de Zurique, com a qual a Cátedra Lídia Jorge vai colaborar.