As inaugurações acontecem no âmbito do programa de celebração do 30.º aniversário da Culturgest - Fundação Caixa Geral de Depósitos, e integram a criação de um novo espaço onde passam a estar exposições de entrada gratuita, segundo a entidade.

O primeiro momento deste novo espaço – localizado no lugar da antiga livraria da Culturgest, que migrou para o átrio de entrada - é dedicado às edições de Alberto Carneiro, em "Ideias, Projetos e Envolvimentos".

Nas galerias, inaugura "Fantasma Gaiata - A Coleção da CGD", com curadoria de Bruno Marchand, que, com o objetivo de assinalar três décadas de atividade, “convida o público a redescobrir os núcleos artísticos que a Coleção congregou desde a sua fundação, mas também a conhecer as aquisições feitas nos últimos três anos”, segundo um comunicado da Culturgest.

Neste período, foram incorporadas, quer por intermédio de aquisições diretas, quer através do Concurso de Aquisição para Jovens Artistas, cerca de uma centena de obras que reforçaram um espólio que contava já com mais de 1.800 peças, revelou a Culturgest.

Dividida em duas salas, a exposição visa apresentar “os novos diálogos que elas impõem a este legado histórico”, de um dos acervos mais importantes de arte contemporânea do país, e que em 2021 retomou as aquisições programáticas para a coleção.

“Fantasma Gaiata” propõe duas abordagens distintas: “Fantasma dedica-se a uma das grandes ambições da escultura, a de erigir corpos que significam e que perduram, que desafiam o tempo, a morte, o esquecimento”.

Por seu lado, “Gaiata” é como “um campo de jogos, o recreio das almas”, e “por ela perpassam conversas, alianças e desafios”.

“Grupos de obras reúnem-se em torno de interesses comuns. Outros provocam-se e reagem entre si, totalmente investidos no jogo, mas alheios aos resultados”, segundo a curadoria.

Sobre o novo espaço com entrada gratuita, a Culturgest explica que passa a ser dedicado a exposições “que partem da ideia ampla de livro e de noções conexas como edição, escrita, documentação, inscrição, papel, entre outros”.

A pretexto da apresentação da instalação “O Canavial: Memória Metamorfose de um Corpo Ausente”, de Alberto Carneiro, o primeiro momento deste novo espaço é dedicado às edições do artista plástico nascido em São Mamede do Coronado, no concelho da Trofa, distrito do Porto.

Integra cartazes, catálogos, brochuras, serigrafias e livros desenhados por Carneiro, num conjunto de obras que “constitui a maior mostra até à data desta vertente criativa de um artista que prestou particular atenção a todas as declinações, desdobramentos e materiais de comunicação que a sua obra conheceu ao longo das décadas”.

A inauguração das exposições “Fantasma Gaiata: A Coleção da CGD” e “Ideias, Projetos e Envolvimentos” está prevista para as 22h00 de sexta-feira.