Adam Sandler tem muitos filmes na carreira arrasados pelos críticos e muito longe de terem hipóteses de entrar na corrida aos Óscares. E um deles, "Jack & Jill", quase fez o pleno de vitórias nos Razzies, os "Óscares para os piores".

Mas também existem filmes aclamados onde mostrou o grande talento como ator, como "Embriagado de Amor" (2002), de Paul Thomas Anderson, e, mais recentemente, "The Meyerowitz Stories" (2017), de Noah Baumbach, "Diamante Bruto" (2019), dos irmãos Josh e Benny Safdie, ou "Hustle: O Grande Salto" (2022), de Jeremiah Zagar.

Apesar dos elogios e até nomeações nas temporadas de prémios, Adam Sandler nunca entrou na corrida aos Óscares, o que não foi esquecido por Chris Rock, um dos amigos e colegas que o homenagearam no domingo durante um evento onde recebeu o prestigiado prémio Mark Twain Prize para o Humor Americano.

"Os Óscares são uns idiotas. E se não querem dar ao meu amigo o que merece, vamos nós fazê-lo esta noite", disse o comediante no domingo a uma audiência de estrelas como Ben Stiller, Jennifer Aniston ou Conan O’Brien.

Chris Rock acrescentou que Sandler é "um dos maiores de sempre".

Para muitos admiradores e críticos, a primeira nomeação de Sandler aos Óscares devia ter acontecido com "Diamante Bruto", um "thriller" onde interpretava um viciado em jogo que tentava escapar do gigantesco buraco de dívidas onde se tinha metido por causa dos seus esquemas.

Numa entrevista a Howard Stern em dezembro de 2019, o ator até brincou em como era "chocante" ouvir tantos elogios a um filme seu e que seria "uma coisa bastante engraçada" se acabasse por ser nomeado, acrescentando que estaria na competição para a vitória.

De facto, deixou uma forte "ameaça" de retaliação: "Se não o ganhar, voltarei a fazer outro filme tão mau de propósito só para vos castigar a todos. É assim que os apanho".