"Irmãos e Espiões" é oficialmente um gigantesco fracasso comercial.
Dez anos depois de "Borat" ter feito sensação ao render 26,5 milhões de dólares na estreia nos EUA, o mais recente filme de Sacha Baron Cohen apenas juntou 3.2 milhões.
É de longe a sua pior estreia de sempre: perde mesmo em comparação com "O Ditador", que rendeu 17,4 milhões em 2012, enquanto "Bruno" começou com 30,6 em 2009.
Apesar da promoção incessante feita pela estrela, principalmente à volta de uma muito comentada cena envolvendo elefantes, a desilusão é global: apenas 11,2 milhões de receitas de todos os países onde já estreou, o que significa que não vai cobrir os 60 do orçamento.
O filme onde Cohen interpreta um hooligan que reencontra o seu irmão há muito desaparecido (Mark Strong), um agente secreto, pretexto para gozar com o cinema de espionagem, correu mal mesmo na Grã-Bretanha, país de origem do ator e onde os seus trabalhos correm sempre melhor : só rendeu 6,2 milhões desde a estreia há algumas semanas, muito longe dos 16,3 de "O Ditador", que já fora considerado uma desilusão.
Para além das más críticas não terem ajudado, os analistas avançam agora com a possibilidade das comédias extremas que deram a fama a Cohen significarem pouco para o público entre os 18 e 25 anos que mais vai às salas de cinema, que provavelmente nunca viu Ali G, a personagem que lhe deu a fama no início do ano 2000, e que tinham menos de 12 anos quando Borat colocou um saco na cabeça de Pamela Anderson e a raptou para um casamento tradicional no Cazaquistão.
Nos EUA, as bilheteiras foram dominadas pelo segunda segunda semana de exibição da animação da Disney "Zootrópolis", que já tem 142,6 milhões de receitas e mais 288,7 dos mercados internacionais, e a estreia de "10 Cloverfield Lane", o "sucessor espiritual" de "Nome de Código: Cloverfield" (2008), ambos produzidos por J.J. Abrams: com John Goodman, Mary Elizabeth Winstead e John Gallagher Jr., já rendeu 25,2 milhões e custou apenas 13.
Trailer de "Irmãos e Espiões".
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