Recorda-se do termo "McConaissance"?
Esse foi o nome viral que os críticos e fãs deram ao renascimento de Matthew McConaughey, que fez a transição das comédias românticas onde aparecia principalmente a exibir a boa forma física para filmes mais "sérios" com realizadores de prestígio. E que o próprio diz agora que foi um bocado "forçado".
A verdade é que passando de filmes como "Como Perder um Homem em 10 Dias" (2003), "Sahara" (2005), "Como Despachar um Encalhado" (2006) e "As Minhas Adoráveis Ex-Namoradas" (2009), McConaughey passou de repente a receber as melhores críticas da sua carreira com "Cliente de Risco", "Morre... e Deixa-me em Paz" e "Killer Joe" (todos de 2011), "The Paperboy - Um Rapaz do Sul", "Fuga" e "Magic Mike" (2012).
O auge chegou em 2014, com os elogios à breve e marcante participação em "O Lobo de Wall Street", o Óscar com "O Clube de Dallas", a primeira temporada da série da HBO "True Detective" e ainda "Interstellar".
Embora o "McConaissance" tenha perdido algum brilho com os últimos projetos ("A Torre Negra" foi um dos grandes fracassos do ano passado), Matthew McConaughey também acha que é uma descrição "forçada" do que aconteceu.
"Para mim, essa coisa toda foi muito menos do que a volta de 180 graus que as pessoas parecem crer", refletiu numa entrevista ao número de agosto da Cigar Aficionado.
"Houve essa narrativa do 'então' e 'agora'. Não arranjei um novo professor de representação ou fui para aulas. Simplesmente nas coisas que estava a escolher disse 'o dinheiro que se lixe — vou pela experiência'", explica.
McConaughey acabou por fechar a sua produtora e a sua empresa discográfica para tornar a representação outra vez a sua prioridade: "Desisti de tentar projetar como é que alguma coisa ia ser recebida [a nível comercial] e decidi outra vez ser um ator disponível para ser contratado. Adoro ser ator e mergulhar o mais possível num papel, empenhar-me realmente no ofício. (...] fui à procura de papéis que me assustavam".
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