Habituado a excentricidades, o realizador Tom Hooper, o mesmo d'"O Discurso do Rei" ou "Os Miseráveis”, encontrou no tão amado espetáculo musical da Broadway a oportunidade de testar uma questionável abordagem. Serão os gatos antropomorfos uma devida homenagem ao sucesso de “Cats"?
O que dariam para rever a suas mais amadas memórias? Para serem a pessoa que eram antes e viver esses sentimentos passados? Em “A Belle Époque”, os desejos são ordens da clientela numa calorosa comédia romântica que vem ao encontro de uma certa tendência industrial.
Não será um filme consensual para os fãs: um tributo ao tributo, com momentos que fazem recordar as trilogias anteriores, alguns embaraçosos e outros sumptuosos.
Sem spoilers: com mais confiança e com mais impacto, "A Ascensão de Skywalker” é o melhor dos seis filmes produzidos após a trilogia original de 1977 a 1983.
Um dos mais prolíferos cineastas franceses da atualidade aventura-se num episódio real de branqueamento de um caso de pedofilia no seio da Igreja Católica, que só teve a sua resolução em março de 2019.
Esqueçamos por um momento que existiu um filme com Robin Williams: "Jumanji" é agora um franchise de sucesso na boleia do carisma de Dwayne Johnson, que é visto como um dos últimos representantes do "sistema de estrelas" de Hollywood.
Adultos podem tentar identificar referências aos seus filmes preferidos de ficção científica e os mais pequenos com a comédia sem diálogos, de uma fantástica assertividade e economia de ações.
Uma crise matrimonial segue para divórcio atribulado onde dois anteriores amantes são agora inimigos por uma causa comum. Acima do papel da separação em amores consumados, "Marriage Story" é sobre uma catarse autoral: um realizador pronto a superar os medos e aprimorar o estilo.
Atriz de "A Guerra dos Tronos" acaba por ser a melhor surpresa de um filme que quer fugir da cultura açucarada do Natal, mas a seguir puxa de todos os clichés para o milagre da época festiva.
Determinado em emancipar-se da "galáxia distante" de "Star Wars: Os Últimos Jedi", o realizador de "Brick" e "Looper" recorre ao particular estilo de Agatha Christie para infringir um engenhoso "thriller" que não quebra as regras.
Martin Scorsese, um dos últimos gigantes vivos de Hollywood, demonstra o estado do mundo e do cinema com um épico criminal à sua medida, prometendo ser este o verdadeiro funeral de um estilo que o próprio instalou na indústria.
Concretizado antes da “Herdade”, mas estreado depois, é uma peça filmada que vem em desacordo com esta mesma definição. Um Portugal austero de 2011 é aqui o berço para uma história de autodescoberta cheia de absurdismo próprio de quem ainda não se vergou pela “responsabilidade da vida adulta”.
Mais de 1,2 mil milhões de dólares rendidos em todo o Mundo! O fenómeno "Frozen" é capitalizado num segundo filme que só vem mostrar o domínio da Disney e a sua submissão à fórmula.
Depois de “Logan”, em que oferecia a Hugh Jackman a oportunidade de repensar os filmes de super-heróis, o realizador James Mangold parte de uma amizade e uma rivalidade automobilística para percorrer os temas prediletos do cinema americano, as suas histórias inspiradoras de sucesso improvável.
Primeira longa-metragem da realizadora espanhola Alice Waddington é uma fantasia distópica principesca com um "design" e guarda-roupa sumptuosos. A história é que não foi tão aprimorada.
Em tempos, Roland Emmerich era um dos nomes maiores do entretenimento de Hollywood. Agora, tenta sobreviver numa era dominada pelo "streaming" e super-heróis da Disney, cedendo ao cinema bélico da pior forma. Ou antes, do mais bafiento gesto.
Danny percorria os corredores padronizados do Overlook Hotel com o seu triciclo quando embateu em duas gémeas de vestido azul “Hello Danny, come play with us, for ever and ever”. Esta mítica cena ocorreu há 39 anos sob a mestria de Stanley Kubrick e o olhar reprovador de Stephen King. Com a sequela